Para celebrar o Dia Internacional da Mulher homenageamos algumas mulheres que nos inspiram por sua criatividade e autenticidade. Gabriela Gholmia, autora do perfil no Instagram @boasdegarfo é uma delas e nos recebeu na cozinha de sua casa, obviamente o ambiente preferido de seu lar para um bate-papo e sessão de fotos Polaroid.
Como funciona o seu trabalho?
Atualmente estou por trás do perfil no Instagram @boasdegarfo que aborda os temas de gastronomia, comida em todas as suas esferas, viagens, e agora um pouco também de maternidade, um novo momento de vida. Eu gosto de dar dicas e falar de restaurantes, receitas, serviços que tem a ver com comida, deliveries e tudo o mais. Falo ali sobre basicamente a minha vida, muito natural, e como comida faz parte da minha vida e viagens, que infelizmente hoje em dia numa escala menor, eu tento mostrar para as pessoas do jeito que é, dando dicas, tentando ajudar de uma forma muito despretensiosa, e não como crítica gastronômica. Eu deixo muito claro para as pessoas que eu sou uma pessoa que gosta de comer, eu não sou crítica gastronômica.
Como você deu início ao blog?
Começou de forma muito despretensiosa. Eu tinha acabado de voltar dos Estados Unidos, depois da faculdade, e sempre amava conhecer o que estava acontecendo na cena gastronômica lá em Los Angeles. Eu ia visitar minha irmã, que estava morando em Nova Iorque, e a gente ia conhecer os restaurantes, íamos vendo o que estava acontecendo, quais eram os restaurantes novos e tal, e aí quando as minhas amigas e os amigos dos meus pais iam viajar eles me perguntavam “eaí, o que tem de mais legal?” e eu falava. Naquela altura, na era do surgimento dos blogs, e falavam “Você deveria escrever um blog sobre suas dicas”. No caso era muito mais focado nas viagens afora. Ao voltar, era eu e a Bela, minha sócia na época, e quando voltamos para o Brasil resolvemos montar um blog, e a gente decidiu chamar de Boas de Garfo sobre dicas de restaurantes, era super um hobby. Me lembro quando recebemos o primeiro email, era um convite de um restaurante e a gente até pensou “hmm será que erraram?!” ... eu mesma fiz o logo na época, mas hoje em dia cresceu, mudou muito o formato.
Como é um dia típico no seu home office?
Não existe um escritório do Boas de Garfo. Sou eu e eu mesma, então é bem, home office. E não tem um dia comum. Muda muito. Tem dias que eu vou para um restaurante, um dia mais badalado que eu conheço um lugar novo e tal. Tento organizar também os conteúdos para a semana, coisas que eu já tenho prontas e coisas que eu preciso deixar prontas para a semana.
Produzo também receitas durante a semana e por conta da correria, né? É algo que eu preciso organizar de uma forma melhor aqui em casa e com filha. Mas é divertido, não tem um dia parecido com o outro, então cada dia é muito diferente.
O que você mais ama sobre o seu trabalho?
Acho que o que eu mais amo sobre o meu trabalho é que é um assunto que eu gosto. Eu amo comer, com certeza amo viajar e hoje em dia também agora com esse novo pilar de maternidade, amo também falar sobre. Não é nem dar dicas de maternidade, porque eu não sinto que eu tenho propriedade pra falar disso, mas gosto de poder ajudar outras mães. E eu acho que por falar nisso, eu gosto de ajudar outras pessoas, de sentir que eu estou ajudando as outras pessoas com as minhas dicas.
Então desde uma dica para um restaurante, para uma ocasião especial ou uma viagem, eu gosto muito de me sentir útil. Acho que essa é a parte do meu trabalho que eu mais gosto assim, de sentir que eu saí do caminho, fiz a diferença na vida de alguém e essa pessoa vai ter assim uma boa memória num lugar, porque eu saí do meu caminho. Isso é a coisa que eu com certeza mais gosto. 
Com qual roupa você se sente powerful para trabalhar?
Eu sou uma pessoa bem básica, então para mim eu gosto assim. Eu me sinto powerful. Eu gosto bastante de estampas. Eu não tenho medo de ousar com estampas e coisas coloridas, então minhas amigas até brincam com isso. Quando tem uma marca com estampas ousadas, eu sou a primeira a comprar, eu gosto bastante.
Eu uso óculos, então eu estou sempre brincando com acessórios e brincos. Mas eu também tenho um lado básico, às vezes eu uso tudo de uma cor e uso um par de óculos, um brincão, e tá ótimo. Eu já me sinto ótima, prendo o cabelo num rabo de cavalo e tô felizona.
Qual a sua relação com a moda?
Eu nunca fui a pessoa mais fashionista do mundo. Eu sempre fui muito básica, mas eu percebi como a moda é importante assim, com o tempo. Eu acho a pandemia me fez perceber isso, porque eu completamente larguei mão na pandemia. Aí logo depois eu engravidei e, no meu caso, não fui uma grávida fashionista, então só usei roupas soltas. Aí eu meio que perdi a minha essência assim como as minhas roupas. Tipo, eu não me identifiquei mais com o meu armário. E aí eu percebi o quão importante é a moda na sua identificação, em como você quer que os outros te vejam. Então a moda realmente é muito importante. É uma coisa de expressar quem você é e o que você quer mostrar para o mundo.
E hoje em dia eu percebo isso. Então eu acho que tem peças que são statement, peças que valem sim a pena investir. E eu também tive uma época que eu saía comprando um monte de coisas baratex e hoje em dia eu percebo que prefiro investir em poucas peças caras do que várias baratinhas que não vão durar muito tempo assim. Isso é uma coisa que mudou a minha cabeça.
